sexta-feira, 13 de maio de 2011

A tecnologia como problema filosófico: três enfoques

Alberto Cupani

Síntese por Djalma Gonçalves Pereira

O estudo filosófico da tecnologia é recente, visto o tempo já existente das outras disciplinas filosóficas, dentre elas a filosofia da ciência.
A filosofia da tecnologia é um campo heterogêneo e talvez por isso ela nos ajude a reconhecer a tecnologia como parte da vida humana, não apenas como um evento histórico.
Não está definido de forma unânime o objeto da filosofia da tecnologia, existem várias relações da tecnologia contemporânea com as técnicas de épocas e culturas passadas já conhecidas.
Para distinguir observa-se a presença da ciência experimental na tecnologia.
Alguns estudiosos entendem a tecnologia como ciência aplicada, outros como uma continuidade de propósitos entre a técnica e a tecnologia. Talvez por isso, diferentes estilos de pensamento envolvem a reflexão filosófica tecnológica.
Existe apenas um um aspecto unânime, que é o da dimensão humana que marca a sociedade contemporânea no que diz respeito às suas motivações, desenvolvimento, alcance e conseqüências.
A compreensão da dimensão citada no parágrafo anterior reflete que a técnica é a capacidade humana de modificar deliberadamente materiais, objetos e eventos, que tem com sigo a chance de produzir novos elementos ainda não existentes na natureza, tornando o homem um pensador, produtor e idealizador.
Saber fazer, diferente de outras capacidades humanas como a capacidade de contemplar a realidade, de agir, de experimentar sentimentos e de se expressar mediante uma linguagem particular, articulada e enunciativa.
Esse aspecto nos leva a considerar e entender a tecnologia como modo de vida, principalmente quando esse modo de vida afeta ou influencia outros modos em que prevalecem as capacidades humanas que já enumeramos aqui anteriormente.
Vamos refletir quanto as afirmativas acima enquanto combinamos que para nosso estudo seguiremos por três enfoques de correntes filosóficas tecnológicas diferentes. São eles:
1 - Enfoque Analítico de Mário Bunge;
2 - Enfoque Fenomenológico de Albert Borgmann, descrito no livro "Technology and the caracter of contemporary life" de 1984;
3 - Enfoque da Filosofia Crítica da escola de Frankfurt, de Andrew Feenberg, descrito no livro "Transforming technology"de 2002.

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2 comentários:

  1. O homem nasceu para ser feliz e desde os princípios dos tempos desenvolveu técnicas para facilitar o seu dia a dia. Assim, a cada novo por do sol novas necessidades iam surgindo e paralelamente a necessidade de melhorar cada vez mais suas ferramentas de uso diário. Hoje, novas descobertas acontecem num piscar de olhos, tudo é preciso ser diferente, o que vale é o novo, tudo para contribuir para a nossa satisfação pessoal. No campo tecnológico, a cibernética globaliza o mundo tornando os acontecimentos acessíveis a todos em tempo real, facilitando e agilizando muitas tarefas entre os homens. Tanta modernidade nos leva a refletir Talvez possamos dizer que o analfabetismo tecnológico caminha em direção contrária a velocidade dos acontecimentos na área de inovação das tecnologias de informação e comunicação. O que você acha? Humberto

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  2. Le Monde:
    Como o grande público se apropria da Internet e o que ele, por sua vez, traz para a rede?
    Castells:
    A pergunta que se deve sempre colocar é a seguinte: uma tecnologia, sim, mas, para fazer o quê? Nisso a Internet não difere das outras grandes tecnologias da história. Ela se difunde, portanto, mais depressa nos meios que a utilizam. Mas uma técnica se torna um instrumento importante de práticas sociais quando a sociedade em seu conjunto tem necessidade dela para avançar. Hoje as pessoas constroem a web à sua imagem. É uma baderna, pois tudo coexiste na Internet: utilizações sociais, expressões políticas, (...), Isso preocupa os políticos, pois esse espaço não pode ser totalmente controlado. Mal pode ser reprimido. O grande público tem portanto, papel a exercer em seu desenvolvimento. Aliás, ele não se privou disso. Os internautas realmente produziram os bate-papos, grupos de notícias, os fóruns...
    (Le Monde, Uol.com/Mídia Global, 1/6)

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